A paixão desperta olhares. Olhares céticos, daqueles que se reúnem em volta da mesa para discutir por quanto tempo ele e ela ainda vão permanecer atarracados. Olhares empobrecidos, destes que com ares de sabedoria dizem o seguinte: aproveitem! aproveitem, pombinhos, porque isso logo logo vai mudar! E mais: vai mudar, não para se transformar em outra coisa igualmente viva. Isto que hoje pulsa, decretam estes, irá se converter em tédio!
Ah! Mas há também aqueles que lançam olhar de cumplicidade! Olhar geralmente que vem de pessoas que sabem reconhecer que a paixão é uma disposição dos corpos e que ela - a paixão - por vezes, implica em uma ruptura com os outros e consigo mesmo.
A esses, devolvo um olhar de acolhimento, como se quisesse lhes dizer mais ou menos isto aqui: hey, podem contar comigo! Vocês fazem parte da minha turma, do meu time. Estou com vocês e não abro!
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