Minha solidão não é casa vazia, porque a campainha e o telefone não param de tocar.
Não é solidão de bar também porque sempre encontro algum estranho com quem posso falar sobre a vida que tive em outra cidade e sobre a vida que tenho neste lugar.
Minha solidão não é a daquele que, por uma razão ou outra, se desgarrou da família e, na véspera do natal, se vê só, em uma pensão barata, comendo restos do dia anterior.
Minha solidão é solidão do desejo: solidão de desejos mudos. Ou melhor, solidão de quem mumifica desejos.
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2 comentários:
Parece que compartilhamos a mesma solidão. A solidão que nos faz perto, mas incrivelmente longe.
Adorei seu blog.
Ric Ric!
Olha que a gente até tira o telefone do gancho... mas o peito fica.
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