Minha avó caiu. Talvez não levante nunca mais. Caiu em casa, de madrugada. Passou a noite no chão, para ser acudida pela manhã.
Minha avó fazia pastel, o melhor. Fazia esfiha, a melhor. Quem pôde provar, sabe. Agora, ela toma remédios e a família faz vaquinha pra comprar. Família... Dizendo assim, até parece que há uma. Não. Não há. O que há é minha avó deitada em uma cama de hospital que agora está estranhamente situada em seu quarto, o mesmo onde eu dormia quando decidia ficar por ali. O que há é minha avó sofrendo horrores por uma causa mais do que perdida: a vida.
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