terça-feira, 6 de janeiro de 2009

torrada com maionese

Hoje comi uma torrada com maionese que me levou para a infância. Um tempo em que ia nadar na casa dos avós do meu melhor amigo. Que delícia nadar e depois sair da piscina para, com as mãos ainda molhadas, pegar aquelas torradas servidas pela avó. A maionese nunca vinha demais. Incrível! A avó parecia ter a medida. Mas nem tudo era harmonia ali. Havia o olhar da avó sobre mim. Um olhar de “você não é meu neto”. É... Isso eu sentia. Havia uma diferença, uma palavras, umas expressões que me levavam a crer que as torradas eu podia comer, mas que não me entusiasmasse demais. Senão... Havia uma diferença. Mas por que não haveria? Provavelmente eu a olhava com um ar de “você não é a minha avó”. Em todo caso, noto que havia sim uma crueldade naquela gente, ou ao menos um jeito que não reconheço como sendo o meu, porque na minha casa o sujeito que não se entupir de comer torrada com maionese tem de se haver comigo, e com a minha generosidade autoritária!

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